quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Metamorfose

Vida que vive em minh’alma cansada

Como sangue a jorrar a procura incansável do nada

Sorvendo amor secreto, monástico e ardente

Tudo encontrando em forma de bênção silente


Corpos em forma de passarada, borboletas, colibris

A voejar formando a orquestra de alegrias pueris

Do misterioso uirapuru, com teus cantos melancólicos

Uns se encontrando, outros sonhando sonhos bucólicos


Outras tantas formas surgem, vestimentas da luz

Participando deste concerto que a alegria nos conduz

Nascem, adolescem, envelhecem e desaparecem

Novas roupagens surgem, formas coloridas aparecem


Metamorfoses acontecem, neste palco de atração

Surgindo a empáfia, o homem, o rei da criação

Instigando e provocando a vida, desafiando corações

Não vivendo seu tempo e não vencendo emoções


Em miríades de formas, a vida ensina conviver

Como sonhos, carregando nosso sentido de viver

Percorrendo os trilhos do tempo, visitando estações

Compartilhando momentos, arrebóis e situações


Vivamos estes sonos de quimera, de sonhos coloridos

Mas não somos estas formas, estes devaneios vividos

Somos protagonistas de sorrisos, de alegrias, de paz

Somos a luz, o amor, a bondade que a vida nos traz

2 comentários:

  1. Concentrada e linda poesia...Interpretada e cada leitura é um livro diferente, com capa diferente.

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  2. É uma poesia sutil, mas profunda em seus conceitos; parafraseando, é uma interpretação diferente a cada leitura, a cada verso, a cada sentimento.

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