quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Um toque de ouro

Muitas pessoas, todos os dias, falam, conversam, dialogam consigo próprias ou mesmo com outras pessoas sobre o ganhar muito dinheiro, mesmo em forma de um lance de sorte, uma tentadora mega sena!

Muitos ainda sonham mesmo acordados com esta hipótese: estar rico!

Esquecem-se que estarmos ou sermos ricos são valores intrínsecos, valores essenciais acomodados em nós, em nosso âmago.

Quando nos referimos ao desejo desenfreado de ganhar dinheiro, não o é no sentido de suprir nossa subsistência; e sim, no vício, no ímpeto desenfreado de ganhar, ganhar cada vez mais, amontoar moedas em cima de notas, muitas vezes dentro de colchões de vaidades e egotismos...

O dinheiro, a energia monetária precisa circular, tal qual nosso sangue, para evitar uma gangrena, em forma de bloqueios, de pobrezas e misérias d´alma. Precisa-se circular para geração de empregos, para gerar riquezas do país, as quais serão revestidas à população, em forma de saúde, educação e um bem estar à comunidade. Omitimos o aspecto segurança, pois a nosso ver a insegurança coletiva ou individual tem suas raízes no desemprego, e principalmente na educação.

Se somos ricos, não precisamos de dinheiro; se somos pobres, continuaremos sendo mesmo com notas e moedas em nossos bolsos.

Estarmos ricos ou pobres é um enfoque pessoal muito limitador, pois o estar sempre é provisório e não nos oferece segurança dentro da impermanência do universo, de nosso universo.

À primeira vista, esta mensagem parece utópica, um jogo de palavras, um cálido ser, uma ilusão do estar. Precisamos urgentemente despertar-nos ante aos valores que a vida atualmente está nos sinalizando. As interações de todos os matizes mudaram; a energia do globo, hoje, é completamente diferente de tempos atrás.

Sim, parece um sonho, porém o cooperar já assumiu o lugar do competir, mesmo assim, a maioria das pessoas ainda insiste em velhos hábitos. O enfoque de que todos somos um, de que todos somos a humanidade, a comunidade, é uma verdade inconteste: precisamos despertar-nos e começar a relembrar, a relembrar quem somos, quem sou, quem você é. Com certeza, teremos a grata surpresa do mistério desvelado de que somos uma estrela radiante, a experimentar o gosto do mundo, o sabor da natureza, experienciando a unidade, como tentáculos interligados que somos. Por tudo isto, o amontoar dinheiro tem sentido maya, uma ilusão que alimenta nossos sonhos de pesadelos, nossas quimeras pueris!

Auto dialogando dias atrás, afirmamos que as relações cambiantes, as trocas de trabalho por dinheiro, devam ter outro sentido, um significado mais amplo, como visão de águia. Acreditamos que ao prestarmos algum serviço, ao fazermos algum trabalho, precisamos imbuir-nos do espírito de servir, servir alguém que está do outro lado da mesa, prioritariamente. Precisamos honrar nosso princípio de dignidade sendo fiel aos nossos comandantes. Não devemos trabalhar por dinheiro, devemos trabalhar pelo servir: o dinheiro, as sacolinhas de moedas e notas chegarão, mesmo sem a preocupação, sem a ânsia peculiar de possuir patacos e mais patacos. É lei natural da alma das coisas: o apegar em qualquer sentido denota que não possuímos, pois, se realmente possuíssemos algo como dinheiro, não precisaríamos segurar, apegar, tanto! Deixemos fluir, apenas.

Não estamos aqui com o punhal da crítica, levando a julgamento posições que consideramos imbuídas em enganos, ofuscadas pela neblina da volúpia, do bem estar dos sentidos. Sim, esta nossa mensagem lacônica é para dizer a você, humanidade, que já somos os milionários do Universo por direito natural, divino; apenas precisamos despertar, precisamos aprender a estender a mão e pegar o que já é nosso, quando necessitarmos.

Infelizmente, ainda, muitas casas bancárias são consideradas autênticos templos, verdadeiros altares, onde nos prostramos em devoção, em homenagem, às moedas frias que transformam nossos sentimentos em verdadeiros invernos, tornando nossas mentes, nossas visões em miragens, em ícones dos enganos, cada vez mais amplos e assustadores!

Sim, existem muitas pessoas consideradas pobres ricas e outras tantas ricas pobres, as quais ainda não despertaram, ainda não aprenderam canalizar adequadamente a energia monetária em suas vidas.

Temos tudo o que precisamos para viver dignamente. São dádivas, benesses, que nos foram oferecidas pelo grande Mistério, pela Fonte de tudo!

Temos o ar, os raios solares, as chuvas, as florestas, campos e mais campos de cultura, os mananciais, os oceanos...

Precisamos apenas aprender a colher da árvore o fruto que precisamos. Este aprender tem o enfoque de respeitar à natureza, respeitar os animais, enaltecer a dignidade de nosso colega, o qual em outra dimensão, somos nós próprios. Precisamos aprender a servir, servir sempre, servir a tudo e a todos... somente assim a prosperidade circulará nas mãos de nossa irmã humanidade!

Aprendamos os mistérios da vida com a alma dos jardineiros...

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