segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ser ou não ser um lápis, eis a questão...

Grandes conflitos, mais parecidos com problemas insondáveis e insolúveis estão justamente dentro do enfoque em insistirmos em ser apenas um simples e solitário lápis. Esquecemos que existe o mestre artífice, o desenhista, o somatizador de sonhos, o qual está com os lápis entre os dedos, desenhando nossa vida, nossas fantasias, nossas quimeras. E nós, cheios de empáfia, soberba e um tanto embriagados na taça do egotismo, teimamos em glorificar nosso ego nos altares da vaidade!

Num relance ao pretérito, que sejam cinqüenta anos passados, questionamos, quantos desafios travestidos de problemas iguais ou parecidos com os nossos, aconteceram.

Milhares ou talvez milhões, com certeza.

Muitos dos protagonistas desses embates chegaram à beira do suicídio, tendo em vista sua insignificância na solução adequada, pois se postaram como um lápis, apenas.

Tudo foi solucionado!

Precisamos nos oferecer em holocausto ao sábio artista, a quem compete bordar e desenhar vidas. Precisamos nos oferecer em renúncia, renúncia de nós próprios ao gênio dos bordados, dos desenhos. Quando nós nos referimos a holocausto ou a renúncia não é no sentido de morte na morte e sim de morte na vida, alterando nosso comportamento, partilhando do desenho. Ele oferece as mãos, o amor, a sabedoria. Nós nos oferecemos ao desenho. Podemos ser a tela, podemos ser as cores, podemos ser um lápis compartilhador.

Com certeza, somente ele sabe que bordado está sendo feito, que tintas e gradações coloridas estão sendo usadas. Somente ele sabe.

Não estamos aqui sinalizando para não ser um lápis e muito menos ser somente o desenhista. O lápis sozinho não faz desenhos. O desenhista sem o lápis não consegue somatizar a arte. Precisamos sim um do outro para que a vida aconteça neste mágico encontro, nesta linda tela!

Entre ambos precisa existir confiança. O desenhista precisa acreditar que o lápis existe. O lápis precisa acreditar que o desenhista exista. Ambos são a tela, ambos são o encontro, ambos são a vida!

A vida somente é sentida nos encontros.

Seja este encontro.

Metamorfoseia-se neste lindo desenho!

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